Um pequeno trecho da sensacional crônica intitulada “Teologia da Libertação Sexual”, de Arnaldo Jabor, publicada em 26/03/2013 no jornal O Globo.
“Quando vejo essa polêmica sobre os escândalos de pedofilia na igreja, uma das causas da renúncia de Bento XVI, lembro-me de que, no colégio de padres onde estudei, “sexo” era a palavra evitada, mas que estava em toda parte, como uma ameaça vermelha. (…) Entre professores e noviços, víamos muitos rostos angustiados, berros severos e excessivos nas aulas; sentia-se no ar a exasperação da sexualidade renegada. O desespero da castidade enlouquecia-os. (…) O prazer era um crime – tudo ficava manchado de culpa: a alegria era falta de seriedade, a liberdade era um erro, as meninas eram seres inatingíveis. a sexualidade esmagada virava uma máquina de perversões ou uma fonte de sofrimentos para quem fazia votos de castidade. ”
Eu sei o quanto a descrição acima, do Arnaldo Jabor, é verdadeira porque eu também passei pela deprimente experiência de estudar em colégios religiosos. Eu amo meus pais e tenho certeza absoluta de que eles sempre desejaram o melhor possível para mim, mas lamento que tenham me constrangido a passar por coisas tais como batismo, primeira comunhão e estudo em colégios religiosos. Por experiência própria, sei o quanto é difícil e quanto tempo é necessário para conseguir desinfetar a mente de todo o lixo mental e emocional que é incutido pela religião na cabeça das crianças, numa idade em que elas não têm recursos psicológicos para se defender de ideias perniciosas, medonhas e absurdas como pecado, castigo eterno, céu, inferno e outras monstruosidades ideológicas que são transmitidas por estes parasitas espirituais.